A Arte como forma de comunicar e questionar! — e a polémica exposição de Robert Mapplethorpe em Serralves

A arte em todas as suas formas é expressão do Homem como ser cultural capaz de simbolizar, descrever o tangível e o intangível. Tem a missão de questionar e provocar questões sobre o homem, sobre o mundo e sobre o sentido da vida. Daí, não ser consensual. A arte nunca é pacífica! E, quanto mais confronta, questiona e provoca menos pacifica é. Por isso é desafiante.

É neste contexto que se enquadra a lei que classifica e regulamenta o acesso  a exposições, espetáculos, filmes, tipos de literatura e musica por diferentes grupos etários. Pretende-se que o confronto com as questões que a arte coloca, esteja ajustado à etapa de desenvolvimento e de maturidade da criança e do adolescente de forma a ser útil ao desenvolvimento.

A Pessoa tem o seu tempo. Necessita do seu tempo. Tempo de crescer, tempo de se conhecer e conhecer os outros, tempo para conhecer o mundo. E para tal, necessita de ter um ambiente cultural próprio em cada etapa do seu desenvolvimento.

A arte é muitas vezes expressão das nossas questões de adultos, que envolvem emoções, estados de animo, crises internas que nos perturbam, que nos provocam. Estes confrontos por vezes fraturantes são uteis e o contributo da arte é rico nesse aspeto. Como adultos temos
liberdade para nos expormos a esses confrontos, porque temos conhecimento e maturidade e deles podemos obter respostas. Uma criança não tem esse conhecimento, nem tem essa capacidade. Quando exposta a um contexto cultural desajustado ao seu desenvolvimento é agredida no seu direito de liberdade. Estamos a retirar-lhe a liberdade de crescer com tempo

Como mãe, educadora considero da maior importância o cuidado a ter com cada criança. Considero ser da máxima importância não ser permitido a menores a entrada em exposições e outras formas de arte que sejam desajustados ao seu momento de crescimento.

Para uma criança CRESCER LIVRE temos que saber cuidar dos contextos a que as expomos.

Teresa Tomé Ribeiro
Núcleo de Reflexão

A lei de autodeterminação da identidade de género e o tempo para crescer livre

Que cresçam livres é o que pretendemos para os nossos filhos e para todas as crianças do mundo. Que cresçam com espaço e abertura para desenvolverem o que são, para se centrarem nas suas capacidades e as valorizarem e, assim perceberem o fantástico e impressionante valor que cada um tem. Cada um traz em si um mundo novo.

Nascemos com um conjunto imenso de qualidades, de capacidades e somos todos diferentes. Mas, precisamos de referências, de orientação, de acompanhamento para nos podermos construir como pessoas, para nos humanizarmos. Precisamos que nos seja dada a possibilidade de sabermos o que é ser masculino e o que é ser feminino e, como a humanidade é interessante por ter essa diversidade. A liberdade para decidir só existe quando temos conhecimento suficiente para compreender o alcance e as implicações que cada decisão traz. Por isso somos seres que necessitamos de tempo. Tempo para crescer e para conhecer a vida.

Esta nova lei e a forma como pode ser interpretada retira a cada criança e a cada adolescente a possibilidade de no tempo se construir. De passar pelas fases em que se aceita e em que se rejeita o que se é. Em que se duvida e em que se acredita. Tempo para ir percebendo o que na vida é importante. Por isso todos reconhecemos que decisões irreversíveis, marcantes e condicionantes do futuro só se assumem quando se tem idade e maturidade. Ter liberdade, ser livre é poder decidir e escolher, não o que me apetece ou parece ser mais simples, mas sim o que sei que me pode vir a dar acesso a uma vida mais plena. E isso leva o seu tempo.

Esta nova lei retira a liberdade de se crescer com tempo. Retira a liberdade de cada um se confrontar com o que é ou sente ser. Retira a liberdade de ser confrontado, de ser questionado e poder refletir sobre o que deseja.

Teresa Tomé Ribeiro
Núcleo de Reflexão

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